quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Suicídio

Como é difícil falar sobre algo lúgubre, insensato, angustiante, desesperador, misterioso, tão distante e tão próximo ao mesmo tempo. Em quais circunstâncias uma alma doente desiste do próprio corpo? Quanto e como ela pode suportar até o momento de entregar o seu vasilhame? E o mais intrigante, o que acontecerá após a consumação do fato?

Em várias oportunidades conversei com muitas pessoas sobre esse assunto e lamentavelmente percebi que suposições e crenças religiosas ainda estão acima da razão, justificativas infundadas são proferidas para motivos desconhecidos ou ignorados, na maioria dos casos o apogeu da questão é mascarado por ameaças terríveis para quem fica e eternidade tenebrosa para quem parte.

Gostaria de formar um conceito sobre o suicídio, mas algumas questões são de difícil análise, por exemplo, um ser que resolve desistir de seu tratamento médico entregando-se à doença, é um suicida? Um fumante inveterado, também é um suicida? Um paciente terminal que opta pela eutanásia (e sabemos que isso acontece), seria um suicida?

Qual é a pena espiritual para os casos em que se utilizam os "meios comuns" para o ato e qual seria a pena para os casos citados acima? Existe realmente alguma conta a ser paga?

Como sempre o enfoque é espiritual, dessa forma, o lado material que está diretamente ligado a razão e o emocional são ignorados, por isso a conta sempre será paga pelos que ficam, os familiares, amigos, enfim, pelas pessoas mais próximas.

Escreveria muitas páginas com o que penso sobre atitudes suicidas ou sobre o suicídio propriamente dito, mas isso não vem ao caso, o ponto em que quero chegar acredito ser o principal motivo para esse desvio, a depressão, que assustadoramente é confundida com atitudes insolentes para muitos, como desapego religioso, preguiça, desinteresse ou mesmo desilusão, desapontamento, sendo assim, não é diagnosticada e tratada corretamente através de acompanhamento médico, medicamentos, terapia, apoio, carinho...

Infelizmente as suposições dão espaço às ações meramente paliativas e o final acaba sendo pior para quem fica, porque a sensação de poderia ter feito algo mais realmente pesa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dark Art

Sou apaixonado pelo Photoshop, abaixo estão algumas brincadeiras. Uma com uma prima muito querida...


...outra comigo mesmo, nem tão querido assim! rsrsrs


Loucura pouca é bobagem!!!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

E a Fé?

Concebo idéias sobre religião a cada dia de acordo com o meu estado de espírito, com meu humor, coletando informações de fontes pseudo-confiáveis, opostas, desconexas, enfim, o conceito que tenho sobre o tema é o que melhor me convém.

Este assunto me desperta interesse, até por que ainda não consegui criar uma linha mestra de raciocínio, por não concordar com o que vejo, com o que é imposto pelas religiões e todas pelo menos as que tive oportunidade de conhecer, impõem alguma coisa mesmo que esta imposição seja camuflada no recebimento de uma dádiva, na compra de um terreninho no céu, falando nisso... Meu Deus! Carrego um peso na consciência por não ajudar os irmãos, ou melhor, os pastores, padres, bispos, sei lá... Assim que morrer, afiliar-me-ei ao MSTD (Movimento dos Sem Terra Divina), bom pelo menos uma palafita que seja, conseguirei construir numa invasão celeste!

Venho percebendo que as religiões estão cada vez mais parecidas, as missas, os cultos, os encontros passaram a ter conotação de espetáculos, verdadeiros shows musicais com dança, coreografia, tem até o Diretor de Arte para que tudo saia como a vontade de Deus.

Momentos de meditação também são freqüentes. Há alguns dias uma tia pediu-me para ouvir uma oração pelo rádio, resolvi dar a devida atenção até pelo respeito que tenho por ela, iniciada a reza e para meu espanto, o padre começou uma espécie de meditação... Ele dizia, feche os olhos, relaxe, não pense em nada, sinta seus pés, sinta isso, sinta aquilo e agora você está flutuando, até me esqueci que estava orando e ao final da meditação ele mencionou que Jesus tinha coordenado aquele momento, do tipo, "essa meditação teve o oferecimento de Jesus Cristo", inevitavelmente pensei, poxa que legal, até Jesus está aderindo ao Yoga!!!

Lembrei-me que ganhei um livro intitulado "Meditações para a Manhã e para a Noite", ao folheá-lo não é que encontrei a "oração" que ouvi no rádio?

Enquanto as religiões brigam por fiéis ou seriam clientes? Fico indignado com a postura das pessoas que se envolvem e ainda se sujeitam a situações vexatórias, não vou nem falar sobre extorsão, em busca do reconhecimento e do perdão divino. Que perdão seria esse? O que de tão grave fizeram para não ter fim essa súplica?

Em meio a esse imbróglio ainda não consegui achar nem sinal de resposta para uma pergunta que talvez fosse a única que realmente merecesse a atenção dos "empresários religiosos": E a fé? Será que encontrarei na biografia do mega-empresário, mega-bispo e mega-star Edir Macedo?

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Encruzilhada

Quando me deparo com algo de difícil escolha, a primeira lamentação que me vem à cabeça é: Estou numa encruzilhada que o destino preparou pra mim!

Pois é, o destino preparou! Será que as encruzilhadas são obras do destino? Mas eu sou responsável pelo meu destino. Ah, então isso é uma provação... Opa, provação? Quem quer me provar? Quem quer me ver em situações difíceis? Para que isso? Deus quer me provar? Seria o vestibular divino?

A minha verdade quase sempre só serve pra mim, vivo bem pensando assim e nesse caso a verdade é que sou responsável por tudo que acontece em minha vida, todos os acontecimentos bons e os ruins também, mesmo que de forma inconsciente eu estabeleço as encruzilhadas nas quais devo optar por um caminho, nem sempre escolho o melhor, mas isso já é outra história.

Em algumas situações acreditamos que por "força maior" determinada situação não sai como queremos ou necessitamos, porém, se esperarmos que alguém responda e resolva ou mesmo tome a decisão que só nós poderíamos tomar, cedemos a essa "força" que talvez seja ainda maior do que o grau de importância que damos à nossa vida.

Como autor da minha história sou o maior interessado em transformá-la num case de sucesso, todavia, se me abstenho de escrevê-la, certamente alguém o fará e ela será e terá o final que os sorteios das minhas encruzilhadas determinarem.

Não vejo nada mais dramático e triste do que delegar a outrem as páginas da sua vida e achar que tudo sairá como a sua vontade e suas necessidades, deixar que sua vida seja manipulada conformando-se ser uma marionete, assumindo dançar conforme a música, gosto de dançar desde que eu escolha a canção.